A essência que colore a vida;
Por que deixá-la esquecida,
Perdida numa noite escura?
Pode procurar com esmero;
Vasculhar os cantões desse mundo,
Ir ao recôndito mais profundo
Onde ninguém mais poderá vê-lo.
Só achará coisa bruta
Nesse mundo, em toda parte;
A não ser que amor e arte
Encontre nessa labuta.
Sim! Amor e arte – Eis o que resta –
No mais, tudo é pequeno,
Pois em tudo haverá o veneno
Que o egoísmo empresta.
Falo porque bem sabes amigo,
Que em toda obra de arte
É impossível que se descarte
O amor. Ali ele faz abrigo.
O artista, então, catalisa
Do universo a energia mais pura
E é isso, verdadeiramente, a cura
De tudo quanto escraviza.
Uma platéia eletrizada,
Um poema, uma tela,
Uma construção imponente e bela;
Pura energia canalizada.
Em contrapartida, no que há de mais triste,
É fácil se perceber;
Não há como esconder:
Ali o amor inexiste.
Ganância, ódio, rancor,
Deslealdade, intolerância e guerra;
Em que tudo isso se encerra?
Na certa não é no amor.
Então, levantemos o estandarte
Para que haja mais brilho na vida,
Não se tornando matéria esquecida,
O amor. E viva a arte!
Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.
2 comentários:
Frederico, imposible dejar de pasar por este sitio que es un remanso para el alma. El arte es en esencia amor, y el amor a su vez es magia.
Bellísimo.
Un gran beso.
obrigado amigo! ótimo post!
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