9.1.09

Labareda

Procuro mensurar em vão esse momento
Em que te fizeste presente em minha vida;
Insisto, mas não acho padrão de medida
Que possa ser exato a esse sentimento.

Então me dispo e por inteiro transpareço,
Mostrando-te, sincero, o que habita em minh’alma,
Porque isso conforta, liberta e acalma
Já que não pago ao engano elevado preço.

E assim caminho na direção do teu lume,
Da labareda clara que a tudo resume
E aquece meu peito num crepitar constante.

E ao queimar, desse homem ela faz menino,
Da distância cruel, um palmo pequenino
E do poeta que agora escreve, faz amante.



Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

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