20.11.11

Desilusão (poema musicado)


Aqui os papéis se invertem. O querido amigo e poeta José Silveira leu meu poema e soprou essa melodia. Eu musiquei. Abraço a todos.

Crua...
Carne crua
Que me dói assim dilacerada
Pelo triturar, pelo desfio
Da desilusão...
Faca amolada.

Nua...
Alma nua
Na moenda posta em desmesura
Mesmo em bagaço, deixa um rio,
Uma corredeira
De doçura.

Rua...
Vasta rua.
Onde vai levar essa estrada?
Esse caminhar: um desvario.
Essa ilusão: um imenso nada.

Nada não.
Um imenso nada.
Vão.
Isso é desilusão.
Um imenso nada.
Vão.
Isso é desilusão.
Um imenso nada.
Vão.



Frederico Salvo

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