27.1.09

Sagrada ingenuidade

Quero a criança que existe em mim.
Sim, aquela que olhava as ruas ensolaradas
E respirava o vento matinal
Sem preocupações metafísicas,
Sem entender os adultos.
Quero que ela saia numa explosão transbordante,
Banhando beneficamente minha alma,
Cicatrizando feridas emocionais.
Quero que corra risonha em minhas veias,
Irrigando todo o meu corpo
Daquela sagrada ingenuidade.


Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

6 comentários:

Liliana G. disse...

Rescatar el niño que llevamos dentro es un ejercicio digno y puro, ése que nos hace sentir nuevamente que le mundo es la cuna de nuestras ilusiones. Como siempre, un poema a flor de piel. Gracias Frederico.

Poemas e Cotidiano disse...

Que lindo Frederico!
Na verdade sempre procuramos por essa crianca, e sempre a encontramos em albuns de fotografias.
Mas existe algo dela, que esta irretocavel dentro de nos.
Um beijo carinhoso
MARY

Vivian disse...

...todos nós trazemos quietinha adormecida
esta criança que um dia nos fez ingênuos,
felizes, e puros.
despertêmo-las portanto.

bjus, lindo!

Mª Dolores Marques disse...

Frederico, vim aqui hoje, para lhe deixar um beijo de boa noite. Talvez seja este o meu momento, aquele em que dispo para dormir e enfeito todo o espaço ao meu redor da magia "sagrada de ingenuidade"


Bjs

ANTONIO CAMBETA disse...

Quanto são sábias as suas belas palavras, adorei este seu maravilhoso poema, pois em todos nós existirá sempre a busca da liberdade, e se recorda com nostalgia os tempos de nossa ingenuidade.
Um abraço amigo

Sonia Schmorantz disse...

Mira-te pelo calendário da flores
Que são só viço e esquecimento.
Desprende-te dos ofícios do dia,
Apaga os números, os anos e anos,
Releva a data de teu nascimento.
E assim, por tão leve sendo,
Por tão de ti isento,
De uma quase não resistência de pluma,
Abraça o momento,
Te apruma,
Tome por bagagem os sonhos
E apanha carona no vento.

(Fernando Campanella)

um abraço