22.1.09

Crepúsculo


A barca dos homens bóia no espaço;
Pequena partícula azul do universo.
Um tantinho assim, ínfimo pedaço;
Do livro inteiro, um pequenino verso.

Se a terra chega a ser poeira apenas
Um quase nada, ponto minúsculo;
Quão seriam nossas vidas pequenas?
Perdigoto...mínimo crepúsculo.

E nos achamos donos da verdade,
Sobrepujamos a mãe natureza;
Elegemo-nos o centro do mundo.

Nesse misto de poder e vaidade,
Vamos vivendo a nossa realeza
Nos enterrando... cada vez mais fundo.



Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

2 comentários:

Liliana G. disse...

Tus pistas me llevan hoy hacia los confines de un universo donde nosotros, los hombres, en nuestra omnipotencia, cavamos nuestra propia tumba. Bellísimo Frederico. Cariños.

Mª Dolores Marques disse...

Queremos sempre ser muito mais do que já somos.

"A barca dos homens bóia no espaço;
Pequena partícula azul do universo.
Um tantinho assim, ínfimo pedaço;
Do livro inteiro, um pequenino verso"


Adorei o poema

Bjs

Dolores