13.2.09

Soneto inacabado

De maneira que me encontro assim:
Sou um soneto inacabado.
Sou um texto que chegando ao fim,
Teima feito burro empacado.

Cheguei até aqui com louvor,
Mescla de métrica e lírica;
Mas por não encontrar o amor,
Tropeço de forma satírica.

Onde estará esse poeta?
Ergueu parede sem reboco,
Deixou intacta sua meta.

Faz-se surdo à minha súplica,
Trancou-se de forma hermética;
Faleceu? Ah! Tornou-se oco?

Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

4 comentários:

Liliana G. disse...

Nada tiene de inacabado y hueco tu soneto. Con la fina gracia que lo has plasmado, tiene la misma fuerza que los otros.
Es un lujo pasar a leerlos.
¡Un gran abrazo!

Carlos Barros disse...

Caro Frederico,
Gostei deveras, muito bem construído e cadenciado. Ígnea inspiração.
Parabéns!

Abraços!

O mar me encanta completamente... disse...

Soneto escrito com muita arte.
De expressão forte e comovente.
Amo teu cantinho Fred.
Olha, tem premio pra ti no meu cantinho viu?
Pega!!

Bjuuuuuuu

Sonia Schmorantz disse...

Tem dias que somos som e cor, em outros um silêncio cinza...mas é nesses dias que poemas inacabados, se tornam belos poemas...
um abraço e bom final de semana