9.2.09

Passarinho

Pega minha mão e aperta,
Pois eu não quero seguir sozinho.
Não há graça, como agora,
Tecer estas frases tortas
Na solidão deste ninho.

Pega minha mão e coloca
Em teus seios intumescidos;
Sejamos, pois, como outrora,
Lembranças não fiquem mortas
E nem sonhos esquecidos.

Pega minha mão e anela;
Sonha ao sabor deste vinho.
Já é tempo, já é hora,
Tristeza me bate à porta;
Cansei de ser passarinho.


Frederico Salvo
************************
Direitos efetivos sobre a obra.

2 comentários:

Liliana G. disse...

¡Qué versos hermosamente nostálgicos! Dejar la tristeza en la puerta, es dejar espacio al amor y a la vida.
Un gran cariño.

O mar me encanta completamente... disse...

"Sejamos, pois, como outrora,
Lembranças não fiquem mortas
E nem sonhos esquecidos."

Tua poesia é pura emoção Fred.
E te ler é sempre assim, como um longo abraço.
Tem Premio pra ti no meu blog viu?

Bju