22.2.09

Soneto da noite chuvosa

Sinta! Escuta o burburinho da chuva
Que lá fora, fria, vem ao chão.
Vê o clarão rasgando a escuridão
Que a imagem, outrora bem nítida, turva.

Sinta o cheiro da terra molhada
Na brisa que vem pela fresta.
Sinta tudo ao redor em festa,
No farto seio da madrugada.

Não há monstros, nem bruxas, nem nada.
É somente uma noite chuvosa
No findar da quente temporada.

Deixa disso. Não fique medrosa.
Nem tampouco assim assustada.
É só chuva. Criança formosa!


Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra

2 comentários:

Liliana G. disse...

Hermoso como siempre, apasionados versos que transitan los pasos del lector ávido.
Leer este poema es sentir la lluvia detrás de la ventana.
Un gran cariño, amigo.

(Llueve en Buenos Aires ¿Coincidencia o magia que traen tus palabras?

Carlos Barros disse...

Amigo Frederico,
Um maravilhoso Soneto, esplendorosamente harmônico!

Afetuoso abraço!