16.2.09

Porto seguro

Sou a nau que singra o oceano dos sonhos,
Enfrentando calmarias e procelas;
Vi tantos arrebóis, tanto içar de velas;
As brisas leves, os vendavais medonhos.

Transpus vagas que julgara intransponíveis,
Acabei ileso ao ardil dos corsários
Astutos, loucos, vilões e mercenários;
Sorrisos dourados, faces irascíveis.

Um dia, já quase à beira de um naufrágio,
Depois de farta e bravia tempestade,
Faltou coragem; temi pelo futuro.

Pequenina chama semovente e frágil
Recebi da sorte em sopro de bondade,
Encontrando em ti o meu porto seguro.



Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

3 comentários:

Liliana G. disse...

Haber encontrado en alguien un puerto seguro luego de la tempestad, quiere decir que encontraste a alguien a quién amar. Es un placer leerte el alma.
Un gran cariño, Fred. (¿Puedo llamarte Fred?)

*Lisa_B* disse...

Porto seguro...
todos o procuramos não?
Achei lindo aqui. Adorei também o poema que escreveu para a Marina filha de Helen lindo seu gesto.
Voltarei com mais tempo para o ler e apreciar como merece.
Abracinho

Anônimo disse...

Vamos ao leme da vida, a nossa nau, e nem sempre a conduzimos nas melhores águas.
As paixões nos levam para o alto mar onde mergulhamos na tormenta das emoções de onde é dificíl ás vezes regressar.
"Mas depois da tempestade vem a bonança" e avistamos o farol da paz que nos levará a Porto seguro.
Parabéns, é um belo poema.
Um caminho de luz, num abraço.
Nely.