21.2.09

Mares

Esvaem-se as águas contidas
Ao abrirem-se as comportas.
Ligeiras procuram o melhor trajeto;
Não se norteiam pelo que não seja o óbvio.
Vão de encontro ao que as chama:
O mar; Derradeiro destino.

Também as notas do piano,
Uma a uma se juntando,
Vão formando a melodia.
Outras tantas as apóiam
Harmoniosamente,
Num invisível caminho.
Sozinhas são nada;
Unidas são música:
Mar da sonoridade.

Nós, egoístas, ainda dispersos vagamos.
Nossas vertentes vão se perdendo em si mesmas,
Sem rumo, a esmo.
Algo sutilmente clama distante;
A pequenina chama
Bruxuleia inutilmente.

E o nosso mar vai secando,
Mar do amor se acabando;
Morrendo;
Deserticamente.



Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

2 comentários:

- Moisés Correia - disse...

O mundo adormece na cama do céu
Enquanto permaneço acordado no teu roseiral…
Vigilante no teu galante corpo, rosa sem véu
Batem janelas inquietas, pétalas em temporal

Neste momento,
Desejo
Um bom fim-de-semana
Materializado em harmonia
Com muita alegria…
Um excelente CARNAVAL
Com muito divertimento
Desmascarando amor
Com paz,
Cheio de muita folia…

O eterno abraço…

-MANZAS-

Sonia Schmorantz disse...

Um poema lindo, mas o mar nunca seca, sinal de que o amor aambem nao...ele só adormece.
um abraço e bom domingo