27.2.09

Enquanto o destino compõe seu enredo

Quando em mim se projetar o claro lume
Vindo da tua boca em sorriso níveo,
Hei de lançar-me do alto do impossível
E inebriar-me no olor do teu perfume.

Não necessariamente o afã do desejo;
Talvez, somente, tímido diálogo
Irá, aos poucos, consumando o epílogo
Do esperar esse desejado ensejo.

Sei que existe um misto de ansiedade e medo.
Sei também que há um ímpeto travado.
Sobremaneira há profundo respeito.

Enquanto o destino compõe seu enredo,
Sigo compondo meu soneto, calado;
Gritando bem alto o que vai em meu peito.



Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

2 comentários:

Liliana G. disse...

Excelente soneto que sale de tu pecho y surca el alba para quedarse con nosotros. Es un gran gusto poder deleitarme con tal bellos versos.
Un beso grande, Fred.

Anônimo disse...

Linda imagem, lindo soneto! Este medo tira nossos pés do chão...