25.5.09
Vento bandido
E veio o vento bater em minha porta.
Eu, inocente, abri sem constrangimento.
_ Posso entrar um pouco? – perguntou-me o vento. –
_ Sim! Mas a casa é simples; se não se importa.
Ele entrou impávido, num torvelinho
Revirou a sala, varreu a cozinha,
Soprou meus poemas da escrivaninha,
Deixou minhas certezas em desalinho.
Depois, num rompante, saltou a janela,
Uivou no terreiro, bateu a cancela,
Quebrou a roseira que eu amava tanto.
Fiquei à soleira, mudo, entristecido,
Porque constatei que o vento bandido,
Levou-me a inocência, deixou-me o espanto.
Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.
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4 comentários:
Siempre llega el bandido que nos robará la inocencia, sea el viento o algún otro...
Precioso poema, siempre con una reflexión, como el resto de tus trabajos.
Un cariño grande, amigo.
QUERIDO FREDERICO, MARAVILHOSO POEMA... SUBLIMES PALAVRAS AMIGO... ABRAÇOS DE AMIZADE,
FERNANDINHA
¡Hola!¡Maravilloso poema!...
"...El viento llama a mi puerta...puedo entrar
un poco? me pregunta el viento...levou-me a
inocência...".Y con un cuadro muy acertado...¡Me
gusta!.
Ha sido un placer!.
Te envío un cordial saludo.
Calamanda
Decore sua alma ,
da forma mais linda que souber,
com uma poesia que lhe toque o coração,
para que na sua mudez, seja feliz,
pois alma que é, será sempre sua,
sem que ninguém no mundo a tire de você.
(Eda Carneiro da Rocha)
Desejo a você um maravilhoso final de semana,
Com muita paz e carinho.
Sônia
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