13.5.09

Rebento



Abruptamente me vem um verso

Que eu mais que depressa transcrevo.

Perguntar de onde vem? Não devo;

Anoto. Mesmo que disperso.

Em seguida outro verso salta;

Uma tímida imagem se esboça,

Tenaz persistência endossa

E eu sigo a tramar o que falta.

Amo, vôo, ou conto uma história

Na cadência do pensamento,

Palheta de muitos matizes.

Versejar é mesmo uma glória

É como parir um rebento,

Traçando eternas cicatrizes.

FredericoSalvo

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Direitos efetivos sobre a obra.

4 comentários:

Liliana G. disse...

¡Bellísimo Fred! La inspiración, eterna musa que nos sacude en cualquier lugar y a cualquier hora, y a la que debemos atender ni bien se presenta para poder dar a luz cada uno de nuestros poemas...
Tu sensibilidad a flor de piel me transporta al alma de tus versos.
Un beso inmenso querido amigo.

angel disse...

Tens razão: versejar é como parir um rebento!
Como são lindos os dois depois das dores do parto!
Parabéns!
angel

Anônimo disse...

Fred: um poema bem amadurecido, da profissão de poeta...lindo, lindo!Abraço, Taliah

Sonia Schmorantz disse...

Sempre lindos poemas, são de muito talento.
um abraço e bom final de semana