A poesia não é nada mais Do que memória de original pureza. É a lembrança segura do cais, É inocência, é delicadeza. Se aventura-se por outros caminhos... Pesados versos, amargas palavras... Onde o poeta ferido de espinhos Se despedaça frente às ondas bravas, É tão somente pálido reflexo Da alma artista a debater-se sôfrega, Desesperada a procurar por nexo. Em intrincado jogo tão complexo, É branca paz a repousar no côncavo, Mas é também a guerra no convexo.
Frederico Salvo ********************************************* Direitos efetivos sobre a obra.
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