16.10.09

Poema divino


O poema divino tem palavras tantas
E, no entanto, nenhuma delas se repete.
A nenhuma, domínio sobr’outra, compete.
Nem mesmo às ditas chulas, nem às ditas santas.
O poema divino é poesia branca,
Onde rimas se dão por outras competências.
Métrica? Desafia o poder das ciências.
Ritmo? A qualquer estilo, a qualquer forma, desbanca.
No poema divino, cada ser humano
É uma palavra única, um verbo soberano
A projetar o bem e o mal que a vida canta.
E assim, por ser divino, é incompreensível;
Ao mesmo tempo é claro e é indecifrável.
Aos olhos de quem lê, escandaliza e encanta.


Frederico Salvo


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Direitos efetivso sobre a obra.

2 comentários:

Liliana G. disse...

En este caso, el poema divino es el que surge de tu pluma, el que me encanta cuando leo, el que me llega cuando comprendo lo incomprensible de tu encanto.

Bellísimo, Fred. Un gusto muy grande pasar a saludarte con todo mi cariño.

Besos amigo.

Anônimo disse...

Fred: o poema divino fala à alma, como o seu. Abs, Taliah