Num canto qualquer
Agora dorme meu nome,
Amassado num retalho.
Num canto qualquer
A solidão consome
Meu sorriso do retrato.
Num canto qualquer
Na penumbra do quarto,
Meu poema evapora.
A saudade vem,
Esmiúça, dá-me um beijo
E leva embora
Um canto qualquer
Que cantei um dia,
Que compus calado.
Foi-se a cadência do samba
Nas frases dolentes d’um fado.
Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.
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