27.3.09

Vaidade

Trazes em teu dedo esse anel brilhante
Que é de fato preciosa gema,
Mas queres dar-lhe assim, a todo instante,
Valor maior em atitude extrema

De dar a ti um ar tão elegante
E dar a peça um toque de emblema
Que te confira um lume mais radiante
Que a própria jóia... roubando-lhe a cena.

Queres que vejam todos, boquiabertos,
O nobre porte, o rosto escanhoado...
(O ponto fraco de muita falena).

A vaidade é mãe desses desertos
Que a vida há tanto, tanto tem te dado:
Um ego grande...uma alma pequena.



Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

4 comentários:

Anônimo disse...

A vaidade por vezes não nos deixa ver a vida como ela é. E, enquanto nos preocupamos com o ego , com a nossa aparencia perante o mundo, levamos uma vida mediocre de conteudo.

Liliana G. disse...

¡Cuánto se pierde de la vida el que no ve el mundo con el alma! Hermosos versos Fred, un verdadero paraíso de las Letras.
Un gran beso, amigo.

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDO FREDERICO... MARAVILHOSO SONETO... ADOREI DE CORAÇÃO... UM GRANDE BEIJINHO E UM ABRAÇO DE CARINHO,
FERNANDINHA

Carla por dentro disse...

Antes o que está por dentro do que aquilo que se passeia cá fora...