Não há conformismo em saber-me finito, Quando à noite, insone, essa flecha ataca. Quem sabe fazer essa tormenta fraca? Quem pode amainar esse peso maldito?
Deram-me um rosário e por vezes rezo. Frágil, entrego-me às mãos do Bendito: _ Acalma, Senhor, esse meu peito aflito. Envolva-me em paz, essa a que tanto prezo.
De fato se dá um benfazejo alívio, Com’uma canção a serenar-me a alma Que, ora mais leve, gira num remanso.
Num halo dourado, claro, indizível, Meu corpo levita numa serena calma, E enfim, já inerte, em sonho, descanso.
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