Mão. Dinâmica e perfeita. Exata ferramenta, Da sintonia fina da minúcia À força impensável e violenta. Atalho ao divino quando posta À outra que comunga em apelo. A trilha do carinho que no peito Nasceu e que por ela, agora imposta, Irá levar o amor a quem se gosta. Bendita desmesura em desvelo. Intensa na cadência ritmada Do dedilhar das cordas desse pinho. Da energia, invólucro perfeito, Que guarda a saudade num aceno, Transforma-se em gesto obsceno Ou faz de outra mão, cálido ninho. Mão. Que vaga pela tua pele nua, Estende-se no ar pedindo a tua, Enxuga o pranto teu... Devagarinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário