12.9.09

Nostalgia


Depois de tod'esses anos ainda sinto
Estranha força que em mim floresceu um dia.
Às vezes nego que exista, outras vezes minto;
Digo a mim mesmo que é menos que nostalgia.
Ronda minh'alma um não sei que jamais esqueço;
Ferve em caldeira sobre ígnea temperatura.
Faz do meu peito, a saudade, seu endereço;
Sou como fruto que lembra à semeadura.
Gira em vestido rosado seu corpo níveo,
No mesmo tom que colore formoso lábio...
A minha volta o mundo se aquieta.
Saio do sonho assustado ao cair da tarde,
E ela, a despeito da imagem que ainda arde,
Nem mesmo sabe que atrevo-me a ser poeta.


Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

3 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Poesias sempre bonitas, sensíveis, bem escritas...
Bom domingo
abraço

Liliana G. disse...

¡Poeta! Eso es lo que sos, lo que se ve y lo que se siente al leerte.
La nostalgia es el alma del poeta y por la nostalgia se desgranan los versos más hermosos... como este.

Un beso muy grande querido amigo.

Anônimo disse...

Frederico

Sua poesia é encantadora e irresistível.
É sempre uma satisfação vir a sua página e ler poemas como esse.

Beijos poeta lindo.
Clarisse