25.9.09

Oculta chama


Uma mínima parte da alma é a que clama,
Mas maior é a que não percebo: oculta chama;
Tão imensa quanto o profundo oceano
Que se agita sob turbulenta tempestade,
Mas que guarda em si intensa paz e majestade,
Muito além do que se percebe por engano.
Calmas águas na profundeza abissal,
Tão distantes do casco aflito dessa nau
Que as vagas da superfície por ora
Arrebatam e castigam ferozmente;
Onde os peixes, feito anjos, simplesmente
Não dão conta se elas vêm ou vão embora.
Se pudéssemos seguir viagem submersos
E enxergássemos além de humanos versos,
Haveria mais que mera poesia.
Para além dessa procela fustigante,
Na profunda vastidão inebriante
Onde brilha a paz na luz da estrela guia.


Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Hoje fui a primeira ler e comentar, mas acho que não serei nada original, porque dizer que é muito belo este poema, é óbvio!
Parabéns, é lindo mesmo!
abraço, ótimo final de semana

Liliana G. disse...

Es la luz de tu estrella, la misma luz de tu poema, la que guía a caminante que transita los senderos de tus versos...

Hermoso, siempre hermoso, con el corazón en la mano y el sentimiento alerta.

Un beso muy grande querido amigo.