Na platéia às escuras, sozinho,
Em silêncio, ao abrir das cortinas;
Num cenário de horas vespertinas,
Vejo um vulto surgir num caminho.
Feito um anjo em corpo feminino,
Uma deusa ao som do bolero.
(num suspiro contido eu espero,
deslumbrado como se menino).
Ouço a música crescer em dinâmica
E os tambores febris da sinfônica
A rufarem magia profusa.
Bem no ápice da cena eis que salta
Claro facho de luz da ribalta
E ilumina o sorriso da musa.
(palmas ecoando no teatro vazio).
Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.
4 comentários:
olá, Frederico!
que lindo, deixou-me sem palavras!!
sendo assim, tenha um lindo findi semana...
abraços
Um feixe de luz que te inspira assim...gostava de poder ter essa magia para te oferecer...
Mas sáo tenho mesmo um silêncio que ecoa nas madrugadas...
Vou de férias..até lá um beijo
Dolores
Belo poema, muito envolvente!
um abraço e feliz dia de domingo
Olá Frederico,
Belo poema, tão bem escrito que a cena aparece nítida diante de quem lê.
Um abraço,
Dalinha
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