29.8.09

Solilóquio


Por onde andarão as palavras certas
Que os versos enchiam em graça e contento?

Estão como palhas jogadas ao vento,
Perdidas no limbo das horas incertas.

Por onde andarão inebriantes musas
Que nuas dançavam em meus pensamentos?

Estão apartadas em claustro convento,
Nos ocos segundos das horas exclusas.

Se o tempo se impõe exato, irredutível;
Se os sonhos se perdem ou ficam pela estrada,
Eu deixo o silêncio completar-me lento?


Esqueça o futuro cego, imprevisível;
Afasta o passado coxo da jornada;
Entrega-te ao Todo e viva o momento.


Frederico Salvo
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Deireitos efetivos sobre a obra.

2 comentários:

Mª Dolores Marques disse...

Que bom seria poder viver só o momento.... viveria só certos momentos.

O que faria com os outros momentos aqueles onde as palavras me fogem para poder dizer o que sinto, senti, e gostava de sentir?

Muito bom o seu poema Frederico

Neste final de semana solarengo, o cansaço tomou conta de mim e dormir é um regresso a certos momentos.

Beijos daqui

Dolores Marques

Lucia disse...

Olá, Frederico

Passei para dizer que fiquei muito feliz por estares entre os meus seguidores no blog.

Um abraço e um bom domingo!