4.1.10

Distância



Da minha boca nenhuma palavra
Que não me traga uma lembrança tua,
Que não me venha desvelada e nua
Com força tal qual uma onda brava.

Na minha mente nenhuma imagem
Que não contenha nela a tua face,
Que não me inunde a alma e não perpasse
O meu caminho aqui nessa viagem.

Porque em ti repousa tod’essência
Que a minha vida há muito se habitua
E, revelada, trago em consciência.

Se a saudade arde, insinua,
E insiste agora estar em evidência,
É em razão dessa distância crua.


Frederico Salvo

2 comentários:

Carla por dentro disse...

Uma boa forma de abrir o ano :)
E lembre-se: Não há longe nem distância...
Bom ano Frederico!

Liliana G. disse...

La distancia, ese monstruo que quiere atraparnos en el desconsuelo y no sabe que no existe en el silencio una palabra tan fácil de borrar. Hacer puentes de amor es derrotar a la distancia.

Querido Fred, siempre es un inmenso placer escudriñar la belleza de tu alma que se ve plasmada en la belleza de tus versos.

Es cierto que el tiempo no deja de ser un tirano que muchas veces no me deja llegar, pero eso no quiere decir que no lleve a tus poemas prendidos en mi alma.

Un beso grande, amigo mío.