O mar... mesmo após a tormenta se agita. Em mim não há só essa água tranqüila, Nem só essa brisa que calma sibila. A boca que cala é a mesma que grita.
Se fui tanto mais esse rio sereno, Também fui a língua da fala aflita, A dor lancinante, a palavra maldita Que fere e inocula exato veneno.
Que saldo tens de mim tu que me sabes? Em ti, sou eu mais que a dor dessa mágoa? Sou mais que o vento que agita essa água?
Ninguém é só flores; ninguém é só males; Ninguém só certeza; ninguém só engano; Pois ser inconstante é também ser humano.
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