1.6.09

Ouvindo o som do silêncio


Aqui onde posso ouvir o som do silêncio
E onde tudo parece voltar a normalidade;
Aqui onde o verde acalma os sentidos
E o ar da montanha, agradavelmente, meus pulmões invade,
É que passo a fazer sentido.
Como um pé de fruta, um piar de passarinho,
Um coaxar de sapo, um sussurrar de vento,
Como qualquer som natural que se escuta,
As maritacas em burburinho,
O farfalhar gostoso do mato,
Como tudo, enfim, de que me faço complemento.
Irmano-me aqui com a natureza, agora;
Agrego-me a ela como uma rã,
Uma ameixeira, um preá, um hibisco;
Estou como a alma de São Francisco,
Que dela sempre se sentia irmã.
Aqui onde posso ouvir o som do silêncio
Pergunto aos meus botões:
Perdemos o bonde da essência?
Pra que tanta coisa vã?


Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

4 comentários:

Anônimo disse...

Fred: este e o anterior, são poemas tão diferentes e igualmente maravilhosos! Esse enlace, que vc consegue fazer, da natureza e do sentir, é ímpar! Grande abraço, Taliah.

Ava disse...

Frederico, vim conhecer meu mais novo seguidor...rsrsr

E claro, estou levando vc comigo, que é para não correr o risco de te perder...rs

Lindas pistas de vc, encontrei aquui!

Belos poemas, daqueles que lavam a alma...

Adorei os que falam do tre de ferro... Tenhos tantas histórias com esses trens...rs

Vc é mineiro? De Onde?

Sabe que a curiosidade feminina é terrível...rs


Adore encontrar mais um amigo por aqui... apareça sempre!


Beijos avassaladores!

Liliana G. disse...

Los sonidos del silencio nos recuerdan que estamos vivos para disfrutar de ellos, de ser esencia misma a través de sus gritos mudos...
Excelente como siempre, querido amigo, los versos son tus gritos del silencio y tu esencia.
Un beso enorme Fred.

Osvaldo disse...

Caro amigo Frederico;

É com imenso prazer que descubro seu blog.

Fui percorrendo um pouco e fiquei maravilhado com a qulidade dos poemas e a forma correta como os transforma em obras reais da nossa literatura.

Nem precisa dizer que me vai "ver" assiduamente por aqui.

Um abraço,
Osvaldo