4.4.09

Sopro seco


Se ainda fosse um vento polinizador
Haveria beleza a se ver depois.
Esperança de cores e aromas,
Promessa de canoros cantos,
Mas é somente um vento seco
De áspero passado e ressequidas possibilidades.
É somente um sopro que vaga pelo deserto
A encher de areia os olhos dos viajantes
Esse vento infértil assola a tudo
E revolve a terra na construção infinita
De repetidas paisagens.
Porque da mesma forma
Que não se colhem morangos em ameixeiras,
Assim também nunca soprará vida
Aquilo que rumina morte.



Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia meu poeta lindo!
Tens aqui um poema belo, expressivo e de palavras muito fortes.
Beijo
Clarisse

Liliana G. disse...

Querido Fred, ni siquiera el soplo seco de este viento sin mañanas, puede opacar la belleza de tus versos. Es un placer navegar las aguas dulces de tus poemas.
Un gran y afectuoso cariño, amigo mío, poeta del alma.

O mar me encanta completamente... disse...

Fred, queido!!
Vim ler "Sopro seco", uma jóia especial entre todas as outras de sua coleçã.
E te ver, fazer a "manutenção" de nossa amizade!!
E tenha certeza que o faço com o maior carinho.
Hoje, quero só agradecer, pelo seu carinho,
por vc estar aqui , por estar na minha vida
e me deixar de alguma forma fazer parte da sua.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Sabe de uma coisa?
Sou feliz!
Porque abençoados os que possuem amigos.
Fica com Papai do céu.
Um final de domingo fantástico.
Meu carinho, sempre.