5.4.11

O timoneiro


Decerto serei eu o timoneiro
A desbravar as águas do oceano
Que hora eu encontro traiçoeiro
E noutra em calmaria vou singrando.

Não há como fugir dessa peleja
E nem abdicar a esse comando
E mesmo quando em dor, bendita seja,
A ação de ir em frente navegando.

Porque em toda dor a alegria
Repousa sutilmente alva, clara;
E em toda realidade há fantasia.

A vida é mesmo pedra muito rara
E a noite esconde a luz de todo dia...
A luz da vida... sempre muito cara.


Frederico Salvo

2 comentários:

Anônimo disse...

Frederico, você coloca em seu poema basicamente a vida do ser humano. Parabéns!!

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Ilustre Poeta e Amigo Fred Salvo,
Sem dúvida alguma que é e continuará a ser o Timoneiro desta embarcação da vida.
Um poema lindissimo, profundo, que nos dá a entender que estar na vida, navegando por vezes em máres encrespados não é fácil, só pessoas com um carecter bem forte o conseguem, é o seu caso, Bendito Seja.
Um abração amigo