12.4.11

A cor da paciência


O tempo voa e eu insisto em ir valsando,
Pois não me leva a pressa à terra outra
Além da mesma terra que sonhando
Eu sempre quis aquém da ânsia louca.

Eu quero o passo certo, a vela solta
Ao vento nobre que não seja furibundo,
Eu quero exato ímpeto e não revolta
Alimentando a chama do meu mundo.

Quero dançar um xote ritmado,
Ir esquecendo o modo apressado
Que imprimiram a nossa existência.

E quando um dia houver encontrado
Seja o que for que haja do outro lado,
Peço que tenha a cor da paciência.


Frederico Salvo

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