25.1.11

Exílio


Estendo a mão à vida por resgate.
Há tanto tempo aguardo por auxílio,
Mas ela insiste em dar-me por exílio
A solidão, e a dor por estandarte.

Há muito venho caminhando a esmo.
Perdidos passos na estrada rude
Que vai ao nada, cansa, fere, ilude,
E faz voltar à terra de mim mesmo.

Alguém me disse que eu nunca soube
Valorizar a sorte que a mim coube
E nunca, mais serei do que vontade.

Em meu silêncio, lanço o meu destino
Nessa oração que entrego ao Divino,
Eu peço a Ele paz, por piedade.



Frederico Salvo

Um comentário:

Anônimo disse...

Viver a vida em círculo, caminhar, caminhar, caminhar e chegar sempre no mesmo lugar, a solidão, não é mesmo fácil.
Divinamente perfeito suas palavras. Que seu pedido seja atendido, meu poeta lindo!
Beijos
Clarisse