
Dulcíssima prisão ou vil castigo?
Não sei dizer ao certo. Eu lhe juro.
De vez em quando, claro. Outra, escuro;
Impávido relento, cálido abrigo.
Perfeita emoção, razão insana.
Grilhão que me tortura, mão que carinha
Por hora, leve, solta, comezinha,
Por outra, colossal e sobre-humana.
O tênue fio onde se caminha;
O divisor de águas, ínfimo muro
Por onde, andar ligeiro, aprendi.
No fruto cobiçado dessa vinha
Encontro o veneno ou me curo.
Insano e imperfeito haraquiri.
Frederico Salvo
Nenhum comentário:
Postar um comentário