18.9.10

Solar


Não fere os olhos o sol agora.
É horário de olhá-lo de frente,
Pôr nele os sonhos se for aurora,
Se crepúsculo, o coração latente.

E rir um riso de fogo brando
Sob o rubro-laranja do divino.
Sentir a alma se esvaziando,
Tornar-se puro feito um menino.

Flui o sangue nutrindo as células,
Arde a chama clareando a mente,
Faz-se a vida num ciclo perfeito.

Como flor d’incandescentes pétalas
Tenho um sol sereno à minha frente,
Um outro ardendo dentro do peito.


Frederico Salvo



**********************************************
Direitos efetivos sobre a obra.

Nenhum comentário: