6.6.10

O rio São Francisco


Na Serra da Canastra um filete brota.
Verte das entranhas, cristalina, tanta,
A água que desliza e desce pela grota
Até despencar ligeira em Casca d'anta.

Tantos rios da esquerda, da direita,
Afluentes muitos que seu leito encorpam
E o grande Gaiola* que seu casco deita,
Vencem os desafios qu’estas águas cortam.

Rio das Velhas, Borrachudo, Verde Grande,
Paraopeba, Carinhanha, Abaeté,
Emprestam-lhe forças para atravessar

O sertão ressecado que se expande
Frente ao rio que encarna a grandeza da fé...
...E vai o São Francisco a caminho do mar.


Frederico Salvo.

*Nome dado a um tipo de embarcação que faz transporte no trecho navegável do rio.

PS.: Soneto inspirado na música de mesmo nome composta composta por mim em parceria com Tutty Camargo.

2 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

OS MEUS SINCEROS PARABÉNS, QUERIDO FREDERICO... ESTA POSTAGEM ESTÁ SUBLIME... LINDA DEMAIS... ADOREI...!
BOA SEMANA... VOTOS DE UMA EXCELENTE NOITE... ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

Anônimo disse...

Fred, gosto muito dos teus escritos, mas digo de coração que os seus sonetos são sempre excelentes. Belíssima homenagem ao velho Chico.
Uma abençoada semana, meu poeta lindo.
Beijos
Clarisse