3.6.10

Inteligência inata


Continua atuando através de mim
A criatividade que não me pertence,
Que apenas passa por essa complexa obra.
A inteligência inata continua viva...
... em todas as coisas.
Ela inunda àqueles que a escarnecem
Ou aos que se enchem de preconceitos
E se afogam em injustiças,
Deixando-os à mercê do livre arbítrio.
Somos a sentença do nosso próprio castigo
Ou o fruto bom da nossa própria semeadura.
Não há, para ela, diferença entre um rei e um cachorro.
Ela apenas está ali,
A despeito de toda trama criada a sua revelia,
Sem se importar com todo o egoísmo que a engessa.
Quando será que veremos naquele ou naquilo
Que parece apartado de nós essa essência comum a tudo?
Quando será que enxergaremos essa sutil unicidade?
Quando for a hora, já não haverá choro sem consolo,
Nem haverá estômago a roncar sem socorro,
Também não existirão mais guerras a espocar por tão pouco.

Frederico Salvo

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