9.1.10

Tango


No último vagão da última viagem;
No auge da emoção, na ânsia prorrogada.
Aos ecos da canção há muito não tocada,
Levando a solidão rugindo na bagagem.

Partido coração, partindo rumo ao nada;
Estúpida razão roendo a paisagem.
Na réstia da paixão luzindo a tua imagem,
Um sentimento vão, a dor indesejada.

Estranho esse amor, enfeita-se de engodo;
Convida-me a dançar um tango sobre o lodo.
Tufão tão furibundo em trajes de aragem.

Talvez, sem meu olhar, o mal nem seja tanto
E haja mesmo ardor a florescer, no entanto,
Um pé vai no vagão o outro na paragem.


Frederico Salvo

2 comentários:

Liliana G. disse...

Cuando hablamos de un corazón partido, de la nostalgia de la ausencia, y del dolor de la distancia, siempre hay un tango de por medio...

¡Hermoso poema, Fred! No importa cuán triste pueda ser, en tus manos se obra la magia de lo bello.

Un beso grande, querido amigo.

Sonia Parmigiano disse...

Salvo,


Talvez, sem meu olhar, o mal nem seja tanto
E haja mesmo ardor a florescer, no entanto,
Um pé vai no vagão o outro na paragem.

Linda postagem!!!Lindo verso!

Tenha uma ótima semana!!

beijos,

Reggina Moon