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Quem quiser saber de mim, olhe pro espaço,
P’ra cadeia de montanha, p’ro regato.
Quem quiser saber de mim de modo exato,
Olhe o filho que a mãe traz no regaço.
Quem quiser saber de mim, sinta o aroma
Que a chuva fria traz à terra quente;
Quem quiser saber de mim, plante a semente
E depois, o fruto novo, apanhe e coma.
Quem quiser saber de mim ou de quem seja,
Basta olhar a sua volta aonde esteja
Ou fitar o azul do céu, andando a esmo.
Quem quiser saber de mim, silêncio faça
E procure perceber o que se passa
No recôndito profundo de si mesmo.
Frederico Salvo
Um comentário:
Começas muito bem um novo ano de poesias, está linda!
um abraço
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