7.1.10

Quem quiser saber de mim


Quem quiser saber de mim, olhe pro espaço,
P’ra cadeia de montanha, p’ro regato.
Quem quiser saber de mim de modo exato,
Olhe o filho que a mãe traz no regaço.

Quem quiser saber de mim, sinta o aroma
Que a chuva fria traz à terra quente;
Quem quiser saber de mim, plante a semente
E depois, o fruto novo, apanhe e coma.

Quem quiser saber de mim ou de quem seja,
Basta olhar a sua volta aonde esteja
Ou fitar o azul do céu, andando a esmo.

Quem quiser saber de mim, silêncio faça
E procure perceber o que se passa
No recôndito profundo de si mesmo.


Frederico Salvo

Um comentário:

Sonia Schmorantz disse...

Começas muito bem um novo ano de poesias, está linda!
um abraço