12.1.10

Das incertezas do amor - I -


Que perfeita harmonia
Hão de ter nossos corpos
Para, de amor, afirmarmos
Que estejam plenos?

Soubéssemos que tudo desaguaria aí,
Nesse poço aonde tantos vão sedentos
A procura de saciar a sede.
Pudéssemos ter em nossa face
O rubor dos satisfeitos amantes
E provar a indescritível sensação
De que não haveria a menor importância
Se o mundo finasse justamente agora
Que estamos nos braços um do outro.

De certo temos esse ímpeto
Garroteado pela libido,
Essa coragem maturada
Pelos desacertos e quedas,
E ainda a vontade absurda
E insana de querer tornar
Pétrea a felicidade.


Frederico Salvo

6 comentários:

Unknown disse...

Belíssimo, Frederico!
O meu abraço
Vóny Ferreira

Carla por dentro disse...

É na incerteza que se arriscam os maiores feitos :)
Belo texto

Vivian disse...

...e de incertezas e afins
vamos vivendo o amor.

bj, querido poeta!

Sonia Parmigiano disse...

Querido Salvo,

Lindo poema, quem dera pudéssemos eternizar esses momentos ao ponto de materializá-los e poder guardar em uma caixinha de momentos bons!!

Grande beijo!!

Reggina Moon

Anônimo disse...

Fred: o novo lay-out do seu blog está ótimo, mais claro,com os desenhos,os poemas viva-voz e o texto abaixo. Parabéns, ficou completo. Agora é só deixar fluir a poesia...com um abraço. Tilah

Sonia Parmigiano disse...

Salvo,

Passando em visita para te desejar um ótimo Domingo e ler mais de seus lindos versos....

Beijos,

Reggina Moon