23.6.09

Incêndio


A lânguida luz do sol na janela
Convida cândida à preguiça.
Num céu de manhã domingueira,
No farfalhar do jornal na cama,
Minha libido que sua presença atiça
Acende em mim sua tórrida chama.

E faz-se o incêndio do meu amor por ela,
Que sem pressa e em silêncio a nós dois incinera
Feito lenha seca na fogueira.
E depois, ao vento, leves como cinza,
Sob a luz de um sol de primavera,
Adormecemos nus em minha cama.

Despertando então, quando a tardinha chama,
Sob o apelo do apetite,
Notando que uma brasa ainda insiste,
Novamente tudo se inflama.


Frederico Salvo
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Direitos efetivos sobre a obra.

3 comentários:

Carlos Veiga disse...

Olá Frederico :)
Passei para deixar um grande abraço, e agradecer a visita ao meu blog.
A verdade é que não tenho tido tempo para passar pelo blog... mas... aqui fica o meu forte abraço!

Liliana G. disse...

¡Bellísimamente apasionado! Un poema que se siente, que se intuye y que se ama... Un poema que quema como el fuego de tu alma.
¡Enhorabuena mi querido amigo!
Un beso muy grande.

calamanda disse...

Muy bello...

"...Minha libido que su presença atiça
Acende em mim sua tórrida chama...

...Notando que uma brasa ainda insiste,
Novamente tudo se inflama."

Un placer pasar por aquí.

Un cordial abrazo.