6.6.13

Peixe



A pena estanca, para, titubeia...
Nenhuma idéia clara se apresenta.
Meu pensamento voa, devaneia
E sobre à beira d''água se assenta.

Sou pescador agora e para a ceia
Quero pirão de peixe com pimenta.
Cevo o remanso, acendo a candeia
E lanço o anzol com isca suculenta.

Esse exercício é pura paciência,
Pois tenho fome e fé em evidência.
(E a segunda, trago como lema).

Sinto um tremor mexer o molinete,
Aguço o olhar, respiro em falsete...
E num rompante fisgo o poema.


Frederico Salvo

Um comentário:

Elaine disse...

Lindo!!!!! Amei!!!