6.10.12

Liberdade - II -



Compulsivo e insano movimento
De querer ir de encontro à liberdade.
Esse ímpeto feroz que em todos arde
Num incêndio contumaz do pensamento.

Não se sabe explicar por onde invade,
Se nos chega pela brisa ou pelo vento.
Vem co’a força visceral de um rebento,
Revestido de brutal sagacidade.

Quem será que se perdeu pelo caminho
No afã irrefreável de encontrá-la
Ou buscou se saciar de modo empírico?

Quem um dia degustar tão nobre vinho
Saberá esse segredo ao decifrá-la:

Liberdade é a morada do espírito.



Frederico Salvo

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