
Eu já não sou mais o que fui outrora...
Tanta coisa minha ficou no passado.
Tenha-me somente pelo que agora
Encontras em mim, assim, renovado.
O rio que corre é sempre outro rio,
No instante seguinte: outra realidade.
Vão-lhe pelo leito, rolando a fio,
As águas passadas deixando saudade.
Voa apressado o tempo lá fora,
Foge entre os dedos, fugaz, indo embora,
Passa e desafia a fé e a ciência.
Esvai-se a areia no vão d’ampulheta,
Mostrando a certeza, a dura faceta,
Nessa inexorável impermanência.
Tanta coisa minha ficou no passado.
Tenha-me somente pelo que agora
Encontras em mim, assim, renovado.
O rio que corre é sempre outro rio,
No instante seguinte: outra realidade.
Vão-lhe pelo leito, rolando a fio,
As águas passadas deixando saudade.
Voa apressado o tempo lá fora,
Foge entre os dedos, fugaz, indo embora,
Passa e desafia a fé e a ciência.
Esvai-se a areia no vão d’ampulheta,
Mostrando a certeza, a dura faceta,
Nessa inexorável impermanência.
Frederico Salvo
**********************************
Direitos efetivos sobre a obra.