Não faça prisioneiro
o teu talento.
A natureza
nunca inibe o vento
Mesmo que ofenda a tua vista
ou seja como técnica cubista:
Um sopro de assombro violento.
Rebata.
Hão de julgar-te
tolo, convencido,
Hão de deixar-te
À parte, esquecido,
No afã de minorarem tua verve,
Essa que em teu peito agora ferve,
Sempre contigo aonde tenhas ido.
Cala.
Respira.
Volta a caminhar
Mesmo que lento.
Anda...
(sussurrado ao pé do teu ouvido):
Não faça prisioneiro
O teu talento.
Frederico Salvo
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