Língua que te quero água,
Mata-me a sede nesse deserto.
Dita-me os versos que saciam.
Dá-me metáforas exatas
Nas calhas das entrelinhas.
Seja como as nuvens espessas de chumbo
E derrame, monossilabicamente,
A síntese de todas as chuvas.
Que verta nesse enxurro todas as palavras.
Frederico Salvo
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