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Quisera eu não tê-la a toda hora
Qual a uma adaga, lâmina afiada,
A traspassar-me a crua e atormentada
Alma que em tortuoso cais ancora.
Cais da paixão, inóspita parada.
Casa onde a velha insegurança mora;
Onde atraco hoje, muito embora,
Já conhecesse há tempo essa morada.
O que me traz aqui erroneamente,
Senão a ânsia louca, obcecada,
Por esse amor que fere impunemente?
Deixo que a pena leve a uma estrada
Que me conduza à força onipresente
D’um sentimento vão... um quase nada.
Frederico Salvo
2 comentários:
Que belo soneto!! Parabéns!
Cheguei aqui de modo aleatório. Diariamente escolho no alto da página inicial do meu blog a opção "próximo blog". Li as poesias e, especialmente, senti o que aqui deixou publicado. Gostei muito, ganhou uma nova leitora, uma nova seguidora do seu blog. Está convidado a conhecer o meu blog!
Cláudia ( Diva Latívia)
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