![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0wO3OGZ65-GNwuoIh9-3slhtnsaakkRQUblCxoifwHxNU5Mk0J9PMh7_lVCzr-R1mmh4HfveXpylSQBFlydlXlpfQ-8fzz2nRdb_UYsJkb9lGUT61EZd7u4bVxeHVPZUbaocRW0Wtf94/s400/como+fosse+neve.jpg)
Guarda a mim como aquele que não teve
A coragem de tê-la abertamente
Como a última e profícua semente,
Por não ter a consciência leve.
Guarda a mim como o sol que queima quente
Muito além desse momento breve,
Onde tudo é como fosse neve
Que congela o sonho a nossa frente.
Nunca fui promessa de futuro.
No escuro, nunca fui um passo;
Nem fui laço do passarinheiro.
E agora que ergueste um muro
E por juro me negaste o abraço,
Sou pedaço do que foi inteiro.
Frederico Salvo
Nenhum comentário:
Postar um comentário