![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv7m53LTcF6bLyZg69ufyFKDBQ9So_M_gzc9Cbcet4Akz2abYM_8E82gT25Rbltn4tZC94CazbfqSeZLWkQZ0K_JxTUzkehaEHaLWd9bM0G66pwGY3G4UsIc2Ol8uOeP3QthLfAN6h5qA/s400/sonho.jpg)
Desço do bonde agora que já é tarde.
Não há na rua ninguém que me espreite.
Fui até longe e não encontrei deleite
Cá no meu peito uma ferida arde.
Na minha cama, dentro do meu quarto,
Meu pensamento ancora em teu recife.
Caio no sono e antes que me espatife,
Num sonho esquálido e leve parto.
Enquanto a barcaça na marola bóia
Num mar sereno que pintei um dia,
Tu me acenas da beira da praia.
Perfeita musa num quadro de Goya,
De Amadeus exata melodia,
Desconcertante e bela deusa Maia.
Frederico Salvo
Nenhum comentário:
Postar um comentário