
Espera. Espera e enquanto isto escuta
O que diz teu coração sobressaltado
À sombra de um sorriso malogrado
Pela ânsia da ventura que o refuta.
Espera. Espera e enquanto isto enxuga
Co’essas tuas mãos este constante pranto
Que inutilmente tens vertido tanto
Por um certo alguém que vive sempre em fuga.
Espera. Espera porque, sobretudo,
Esperar tem sido o teu melhor alento;
Um sonho bom à luz da primavera.
E o passar do tempo que suplanta a tudo,
Há de trazer, qualquer dia, num rebento,
O sagrado fruto desta tua espera.
Frederico Salvo
Um comentário:
Inevitável lembrá-lo que "quem acredita e espera sempre alcança".
E chegou, não?
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