Abrigo meu de todas as tormentas.
Mais uma vez retorno são e salvo.
Eu perguntei ao vento: _ Por que ventas
Na direção contrária do meu alvo?
Abrigo meu, resposta tive exata.
Numa lufada forte em assobio
O vento sugeriu: _ Não te maltratas,
Ajusta as velas na direção do estio.
Assim o fiz então resignado.
E agradeci ao vento pela sorte
De entender tão nobre melodia.
Orei por fim ao ter reencontrado,
Depois de ter lutado à clava forte,
O meu abrigo (água que sacia).
Frederico Salvo
3 comentários:
Excelente soneto ao abrigo das intempéries...
Parabéns, Frederico.
Beijo.
Maria Valadas
Acho que já mencionei, mas reforço: Tens a minha sincera admiração :)
Muitos parabéns por este talento enorme!
Um beijo
Fred querido,
Ser abrigo para alguém é uma responsabilidade muito grande. Dessas que só se quer ter por amor. Estar sempre de braços abertos; mãos estendidas; sorriso no rosto e sinceridade no coração; ter sempre uma palavra de bem e de otimismo são requisitos importantes, mas nada disso seria abrigo se faltasse o amor da alma.
Soneto maravilhoso assim como todos os outros, mas com uma pontinha de "muito especial".
Carinho sempre,
Má.
Postar um comentário