
Olá, amigos!!
Para finalizar o mês de novembro deixo aqui um soneto do poeta e amigo Júlio Saraiva, que tive a felicidade de musicar.
Espero que gostem.
Abraço!
imagino teu vulto em valsa
: ave branca a ciscar o sono
na transparência do quimono
a fresca nudez se realça
murcham sapatos no abandono
para os longes foges descalça
deixando-me a chave falsa
parado à porta deste outono
mas o outono a mim não importa
: recuso à natureza morta
que se apresenta em tons cinzentos
e mudo os tons - uso outras tintas
além daquelas com que pintas
os rumos da rosa-dos-ventos.
(Soneto de Júlio Saraiva)
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