
Dança, enquanto há no ar
fusas, semifusas e colcheias,
a romperem o silêncio.
Porque ainda é festa
mesmo que não pareça.
Dança, enquanto estão pintados
os rostos...
e os palhaços ainda estão em cena.
Por trás da coxia
Não é farta a alegria.
São mais humanos os palhaços.
Dança, enquanto são maleáveis
as articulações
E o corpo ainda obedece
aos teus passos.
Dança, enquanto há vivas e sorrisos
E mesmo que haja choro
Não te aflijas feito criança.
Tome a ti mesmo nos braços,
ouça o compasso...
E dança.
Frederico Salvo